Era madrugada naquela casa solitária. Ela estava dormindo na sala. Repentinamente, ouviu-se um ruído de algo que se quebrava na direção da cozinha. Espasmo, susto. A garota acordou de sobressalto na escuridão do ambiente e foi pensando logo no pior. Tateou à sua volta em busca de algum objeto que a defende-se mas não achou nada. Foi então com a cara e a coragem. No meio do caminho, lembrou que o porta-chaves estava solto, quase caindo e quando chegou confirmou que era esse o motivo do barulho e que o resto não passava de sua imaginação. Voltou a dormir.
Acordou novamente com um casal de amigos à porta de sua casa dizendo que seu irmão acabara de sair de lá. "Mas como? Se eu esteva aqui o tempo todo..." Já não sabia se era dia ou noite, sonho ou realidade. Pensou estar sonhando, uma vez que certas circunstâncias impediam a visita de seu irmão, junto com a sua falta de percepção do ambiente e aquele ar de perdido que nós sempre temos em sonhos. Foi então que a amiga disse-lhe que tanto esbarrou com seu irmão, que o mesmo estava saindo de fininho pois tinha encontrado a irmã dormindo e, embora não quisesse perturbá-la, havia quebrado um copo na cozinha.
Mas então a história do barulho era real! Era um copo! E era seu irmão. Não era sonho. Até porque como haveria de tomar consciência de estar dentro de um sonho? Seria mesmo muito esquisito.
Os três sentaram pra um início de conversa e... O despertador tocou, a garota olhou para o relógio e estava na hora de ir trabalhar.