Ela desligou o telefone.
Lembrou do que tinha ouvido há pouco.
Fulano te ligou?
Não.
E fulano?
Não.
E fulano.
Não.
Se sentiu a pessoa mais sozinha do mundo. E, nossa, só Deus sabe que as duas piores coisas no mundo pra ela são ter que tomar decisões e se sentir sozinha.
Aí ela viu.
E foi se acalmando com seu coração sendo amornado pela Cris, pela Laila. Pelo pai, pelo Morcego, pelo Sadao, pelo Carlitos, pelo irmão. Pela Talita, pela Paloma, pelo Tio Phill, pelo Renan, pelo Dani. Pela Paula, pelo Ti, pela Natália, pela Luana. Pela Camila, pela Gô, pelo Chico, pela mãe. Pela Anita.Pela Mayarinha. Pela Amanda, pela Andreza, pelo Mequequefe. Pela Dani, pelo Xéu. Pelo Raidan, pela Lívia, pela Nil, pelo Cauê. Pelo Dionis, pelo Everton, pela Rô. Pela Cí, pelo Iuri, pelo Helinho, pelo Chris, pelo Ymorian, pelo Fernando, pelo Luis, pela Karina. Pela tia, pelo Gustavo, pelo Renato, pelo Thiago, pela Carol, pelo Saulo, pela Maítha, pela Tamara, pela Carolzinha, pelo Thiago, pela professora, pela Dani, pelo Luiz, pelo Dadi. Pelo Ton. Pela Anja, pelo Rê, pelo Paulo, pelo Ed, pela Chelly, pela Vivian, pelo Rob.
Pelo aperto de mão tímido da Rose, pelo abraço entregue do João, pelo carinho dos meninos do CPD.
Pela Glê.
Ela relembrou o quão bom é se sentir amada de verdade. Agradeceu do fundo do coração ter vivenciado cada coisinha especial com cada pessoa daquela, pra criar vínculos únicos.
E chorou, que nem uma menininha, num quarto vazio de gente, mas cheio de amor.