terça-feira, 25 de maio de 2010

Sobre acalanto

Ela desligou o telefone.
Lembrou do que tinha ouvido há pouco.

Fulano te ligou?
Não.
E fulano?
Não.
E fulano.
Não.

Se sentiu a pessoa mais sozinha do mundo. E, nossa, só Deus sabe que as duas piores coisas no mundo pra ela são ter que tomar decisões e se sentir sozinha.

Aí ela viu.
E foi se acalmando com seu coração sendo amornado pela Cris, pela Laila. Pelo pai, pelo Morcego, pelo Sadao, pelo Carlitos, pelo irmão. Pela Talita, pela Paloma, pelo Tio Phill, pelo Renan, pelo Dani. Pela Paula, pelo Ti, pela Natália, pela Luana. Pela Camila, pela Gô, pelo Chico, pela mãe. Pela Anita.Pela Mayarinha. Pela Amanda, pela Andreza, pelo Mequequefe. Pela Dani, pelo Xéu. Pelo Raidan, pela Lívia, pela Nil, pelo Cauê. Pelo Dionis, pelo Everton, pela Rô. Pela Cí, pelo Iuri, pelo Helinho, pelo Chris, pelo Ymorian, pelo Fernando, pelo Luis, pela Karina. Pela tia, pelo Gustavo, pelo Renato, pelo Thiago, pela Carol, pelo Saulo, pela Maítha, pela Tamara, pela Carolzinha, pelo Thiago, pela professora, pela Dani, pelo Luiz, pelo Dadi. Pelo Ton. Pela Anja, pelo Rê, pelo Paulo, pelo Ed, pela Chelly, pela Vivian, pelo Rob.
Pelo aperto de mão tímido da Rose, pelo abraço entregue do João, pelo carinho dos meninos do CPD.

Pela Glê.

Ela relembrou o quão bom é se sentir amada de verdade. Agradeceu do fundo do coração ter vivenciado cada coisinha especial com cada pessoa daquela, pra criar vínculos únicos.

E chorou, que nem uma menininha, num quarto vazio de gente, mas cheio de amor.

domingo, 23 de maio de 2010

Sobre o que as pessoas não entendem

Elas não sacaram a vibe da Web 2.0 ainda, ou seja: a informação vai ao usuário e não o usuário à informação. Essa foi a grande sacada do Twitter. E também seu maior ponto fraco. Se a idéia fosse seguida à risca, o Twitter poderia ser a ferramenta mais útil ever. Mas só tá disseminando a banalidade, no seu pior sentido. Aí quando você é bibliotecário e vai dizer pro seu diretor o quanto uma coisa desse tipo pode ser útil pro contato com o usuário, você vira piada. 

Ai, como eu queria dissertar sobre tooodo o potencial da Web 2.0 e como eu defendo isso fervorosamente, mas não posso mexer no formigueiro, viu.

Mas eu tenho uma teoria: as pessoas que sabem utilizar bem o Twitter são aquelas que não só postam por lá, mas que tem informação vinda de algo pra repassar. Coisa fina assim, enriquecedora. E podem notar que esse tipo utiliza o RSS, porque usa da forma mais proveitosa possível e não perde a graça.

É legal toda essa coisa de hashtag pra sacanear, #chupa no TT e 140 caracteres virando chat com um monte de @. Mas isso vai enjoar, que nem o orkut. Vai passar, eu tenho fé. Rezo pro deus @google todo dia.

Só google salva

É, tio Ben. Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.

E se a Xuxa já parou, a esperança é a última que morre né?

Sobre filmes: Fahrenheit 451



Sinopse: em um Estado totalitário em um futuro próximo, os "bombeiros" têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi convencionado que literatura é um propagador da infelicidade. Mas Montag (Oskar Werner), um bombeiro, começa a questionar tal linha de raciocínio quando vê uma mulher preferir ser queimada com sua vasta biblioteca ao invés de permanecer viva.
Minha opinião: abordando a supressão do pensamento crítico através da proibição de livros, é um filme bom para bibliotecários verem. É um clássico, eu sei, mas chega a ser engraçada a lógica usada no filme (com muitas lacunas), contudo é interessante analisar como se pensava no futuro na década de 60. Talvez o livro seja mais realista. Dizem as más línguas que o ator principal andou se estranhando com o diretor e por isso o filme ficou meio torto. E que o autor do livro não gostou nada do Michael Moore ter "copiado" o seu título e só mudando os números para 911. Parece que um novo filme seria filmado, mas não há uma data certa.

domingo, 9 de maio de 2010

Sobre filmes: Mistérios da carne


Sinopse: aos 8 anos Brian Lackey (Brady Corbet) acordou do lado de fora de sua casa com o nariz sangrando, sem ter idéia de como tinha chegado lá. Depois do incidente ele nunca mais foi o mesmo: tem medo do escuro, urina na cama e é assombrado por pesadelos. Agora, aos 18 anos, ele acredita ter sido abduzido por alienígenas. Neil McComick (Joseph Gordon-Levitt), também de 18 anos, é um adorável forasteiro, o rapaz que todos admiram a distância. Quando seus caminhos se cruzam, eles descobrem que as memórias mais importantes de suas vidas não são o que parecem.
Minha opinião: assisti ao filme sem querer, durante uma parte fui seca acreditando em uma coisa, [spoiler] ou seja, na história da abdução sendo que se trata de abuso infantil,[/spoiler] mas na verdade o filme tem outra pegada. É interessante ver o caso do ponto de vista de uma criança, sem pudor, mas com inocência. Recomendo pra quem não está afim de ficar vendo filmes leves.