sábado, 14 de abril de 2012

Sobre o Lollapalooza

Eu sei, eu sei, abandonei o pobre do blog. É que ultimamente tem acontecido... Mentira, não tem acontecido nada, por isso esse vazio. Mas aconteceu: o Lollapalooza. Aí você me diz "nossa, como a Laura é bobinha, dar tanta importância a um show" e realmente, a princípio eu estava pensando assim, que era só um show, mas se depois de uma semana eu ainda consigo lembrar de momentos pequenos daqueles dois dias com um sorriso no canto da boca e principalmente, não só do festival em si, mas tudo o que representou o antes, o pós e as coisas paralelas... Não tem preço, não. E pra quem estava lá, imagino que tenha tido várias sensações parecidas com as minhas. Se não, que pena, amor.


É, eu fui. Invejem-me! (Foto descaradamente roubada da Talita simplesmente porque eu tenho preguiça de tirar fotos em eventos.)

Mas e aí? E aí que tudo começou quando eu comprei os ingressos. Pros dois dias. Porque eu pre-ci-sa-va ver o Foo Fighters (depois de não me perdoar por nunca mais poder ver o Oasis, vai saber se outra banda não desmonta por aí) e MGMT. É, eu comprei o segundo dia só pelo MGMT, podem me apedrejar. E aí que eu não tinha com quem ir e passei meses em pânico até dar tudo certo com a Talita e com o Noel e o pessoal suuuper firmeza que eu conheci por lá. Meu fim de semana seria 70% menos divertido sem vocês, caras! Arrumei um lugar pra ficar (obrigada, Cadu!), o que me rendeu algumas histórias engraçadas e fui com a cara e a coragem.

Sábado

24 atrações. Humanamente impossível de ver, claro. Mas quantas eu vi? Quatro! Que valeram por várias, a propósito. Vi um pouquinho do Cage the Elephant que eu até tinha curtido em casa, uns mosh da hora, mas passei o show todo na fila do caixa/bar e me perdi dos meninos.

Sem problemas, fomos logo pro Rappa pra pegar um lugar razoável no palco que apresentaria o Foo Fighters e surpresa minha quando eu gostei! Cantei umas cinco músicas achando que só conhecia duas e valeu o show. Já com o TV on the Radio eu fiquei com dó, porque os caras são bons, eu já tinha ouvido algumas coisas também, mas ninguém estava ali para vê-los. Nem eu. E as pessoas já estavam fazendo um esforço descomunal de ficar de pé e aplaudir cada música que terminava esperando o próximo show. Uma pena.

E foi aí que, depois de minutos que pareceram horas, posições incômodas, gente chata e muito (mas muito) aperto eles vieram. Quando All my life começou, eu achei que eu ia morrer. Não de emoção. Pisoteada mesmo. Tava foda, Foo Fighters é show pra estádio e não Festival. Acabamos tendo que sair de lá e ir para um canto mais "arejado". Mesmo vendo o Dave mais agora nos vídeos e fotos do que lá no dia, é indescritível a sensação de estar no mesmo lugar ao mesmo tempo de uma banda que você sonha em ver desde os 15 anos, ver o chicletão do Dave e seus 72 dentes pelo telão, a bateção de cabelo, ouvir os coros, ouvir as pessoas cantando errado e rir (porque você também canta errado) e isso durar imensas 2 horas e meia. Antes do show eu tava quebrada, minhas pernas doíam. Mas das 20h30 até sabe Deus que horas eu não sabia o significado dessa palavra, tsc, pernas, nem lembrava que elas existiam, pulava como se estivesse numa cama elástica e gritava como se não precisasse atender alunos na segunda-feira. Coitado do cara que estava na minha frente em Breakout. E coitada de mim na semana seguinte.

O que fodeu mesmo foram aquelas grades que alguma abençoada pessoa teve a ideia de colocar no meio do público para separar níveis, entrando pelos lados. É, fui irônica. Foi a pior merda que eu já vi em um show. Pessoas devem ter se machucado feio ali e enquanto faltava espaço pra muitos, sobrava para poucos. Sacanagem. Não sei como nenhum blog de crítica disse nada a respeito.

Bem nítido, não?

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