quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sobre educação que vem de berço

Da série: Tweets que mamãe não me deixa fazer.

@amigoausente: que calor da porra...como queria uma cerveja...
@eu: engraçado, eu tenho umas aqui em casa. mas que pena, como a gente não se importa mais um com o outro, não tou nem aí. beijo!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sobre a arte de dar descarga

Ponto de vista 1: "Um homem como o professor Hawkins entrevado em uma cadeira de rodas e ainda em plena atividade só existe por causa da evolução da medicina. O que significa também que se não houvesse a medicina, os homens seriam mais saudáveis. Acontece que o indivíduo é importante para a humanidade, diferentemente dos animais, onde a espécie é que é importante. Os bois de hoje em dia, por exemplo, foram melhorados geneticamente pelo homem. São, os bois de hoje, de espécies superiores às anteriores porque o homem quer comer a carne dos indivíduos bovinos. O aumento da longevidade no ser humano se deu mais por mudança de costumes do que por progresso na medicina curativa. Inclusive, se não houvesse medicina, muitos, por medo da morte, adotariam costumes mais saudáveis. O ato de 'dar descarga' fez mais pela humanidade do que quase todo a química medicamentosa."
(extraído daqui)

Ponto de vista 2: A vida é mesmo uma merda. Fim de ano, todo mundo de saco cheio, ninguém aguenta mais ninguém, problemas pululam. Sob essa perspectiva da merda, o negócio é dar descarga, levantar as calças e sair fazendo a Kátia. Mas né? Quem precisa de educação nessa altura do campeonato? Fica sem a descarga mesmo, vomite seus problemas em todo mundo e só se importe com o seu próprio umbigo (porque nesse nível já é pedir demais se importar até com o resto do corpo). E ainda faz a fina e sai cantando alegria alegria, pois sarcasmo e histeria é uma coisa que a gente acha bonito nas pessoas, assim, de longe.


Ponto de vista 3: Tava falando da merda literalmente mesmo. Pô, custa dar descarga? Ninguém é obrigado a dar tchau pro seu cocô, cara. São os ônus de se morar em conjunto.


Só se der descarga na casa do-Pe-dri-nho!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sobre o bendito universo de pesquisa científica

Aí ela estava vestida socialmente, toda séria. Era uma conferência e era todo o seu trabalho de dois anos sendo exposto pra pessoas desconhecidas. Era importante pra ela.

Alguns amigos estavam por lá, amigos de confiança, importantes. Ela não sabia se isso a deixava mais tranquila ou mais nervosa. A japonesa, o DJ, o sulista, o da gastronomia paulistana e até o carioca emo! Estava contente.

Foi aí que a chamaram, assim, sem esperar, para uma sala que ninguém sabia o que estava acontecendo. Ela foi correndo, meio atrasada, chorando e secando as lágrimas de nervosismo no meio do caminho. Chegou lá sem maquiagem, com os olhos meio inchados e cara de criança perdida.

Sentou na segunda fileira, do lado de uma senhora bem vestida e fina, que lhe sorriu com um ar confortante. Havia um senhor gorducho e de cabelos brancos no palco, falando com bastante estusiasmo. Mas ainda assim, o ambiente parecia mais o de uma entrevista.

O senhor a olhou com complacência e com um papel na mão, pediu que lhe explicasse a sua pesquisa. Ela ficou meio surpresa, meio empolgada com o interesse e começou a explicar. O senhor sorria enquanto ela falava e tinha no canto da boca um ar de compreensão e interesse. Isso a estimulava. Quando parou, ele lhe fez algumas perguntas, mas não aquelas que a gente está acostumado, aquelas que você percebe quando as pessoas só querem te provocar e extrair um erro ou insegurança de você. Era o contrário: ele perguntava com entusiasmo, informalidade e só a deixava mais tranquila e confiante.

Assim, ele concluiu que a pesquisa dela era importante para o desenvolvimento de um futuro pessoal e coletivo e que, ah, se todos tivessem essa vontade e fizessem isso... A fez se sentir útil pela primeira vez. E ela lhe sorriu agradecida de volta.

Assistiu algumas palestras ainda e saiu do anfi-teatro.
Saiu feliz. Realizada.

E abraçou seus amigos. Não poderia estar melhor...

A não ser pelo fato de despertar desse sonho por causa da Lady Gaga e seu Bad Romance.


Te odeio. But I'll back, your bitch.

sábado, 14 de novembro de 2009

Sobre frustações

Há muitas coisas se passando nessa cabecinha aqui, muitas mesmo, que não dá pra saber nem por onde começar.
Eu devia ter vindo aqui há mais tempo e depositado minhas frustrações ao invés de ignorar os fatos e achar que "a vida é feita de festa e coxinha".

Bom, vamos resumir.
No meio de tudo isso que estava passando, eu ficando louca e tal, quis fazer festa e contar com novos amigos. Percebi que as coisas não são recíprocas do jeito que a gente pensa que é (e que cariocas no geral não são confiáveis. Tá, parei a ironia) e que amigos não são família, não estão ali pra você do jeito que você acha que vão estar.
Isso dói, mas é melhor acreditar nisso, sabe? Expectativa, sempre o problema.

Portando, o que vocês aprenderam? Qual é a moral da história, classe? Vamos lá, professora:
. eu vou sentir sim muita falta do Xzu, mas eu SEI que ele está melhor e isso conforta, queria que todos pudessem pensar nisso e afastar a dor.
. eu não mais me confidencio e deposito expectativas em amigos novos (e novos de idade) pra não cair do cavalo.
. e nem em velhos, porque nesse mundão de Deus, meu bem, só vale a família, mas ela nunca está a par do que você precisa emocionalmente.
. parar de fumar é difícil, mas não sentir o cheiro na sua roupa, na sua pele... e saber que você tem força de vontade é indescritível.
. e isso deve ser potencializado quando você tem um TCC completo (e poder jogar na cara das pessoas que não acreditavam em você então... deve ser orgásmico), então eu vou voltar pra ele agora.

Boa sorte pra vocês.
(Porque o que você deseja pra alguém volta em dobro, não é, tia Gertrudes?)


É, fia, e como é!